painel 4
painel 5

O Corecon-CE segue publicando de forma gratuita os painéis que foram debatidos durante o XXXI ENE – Encontro de Entidades de Economistas do Nordeste, ocorrido em agosto, com patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil. As palestras são publicadas no canal do Corecon-CE no YouTube da entidade.

O quarto painel teve palestra com o tema “Transporte e Logística”. “Um terço do consumo de energia do Brasil é deslocado para o modal de transportes, seguido das indústrias, residências e o próprio setor energético. Além disso, há a agropecuária e o segmento de serviços. Esse consumo de energia no modal de transporte é predominantemente ancorado nos combustíveis fósseis, situação na qual é preciso refletir. Em pleno século XXI, em meio à degradação ambiental e acordos climáticos, o Brasil, apesar de ter matriz energética invejável, é imprescindível que repensemos a nossa forma de deslocamento”, disse Paula Meyer, professora ajdunta da Universidade de Brasília (UNB) e doutora em economia, ao ressaltar que não podemos fechar os olhos e achar que um terço desse consumo se assenta sobre combustíveis fósseis que emitem gases de efeito estufa.

O painel também abordou o tema “Recursos Hídricos”, com a palestra do secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Francisco José Teixeira.

Ao se manifestar, ele trouxe os principais dados sobre a densidade populacional do Nordeste e disse que toda água subterrânea é encontrada com maior abrangência no Maranhão. “Com a caatinga, nós temos áreas do semiárido submetido à desertificação, o que é preocupante devido ao modelo de exploração pautado pela pecuária e produção de algodão, muito embora tenha melhorado muito nos últimos anos”.

O painel 5 teve a moderação do economista Lauro Chaves Neto, conselheiro do Corecon-CE e teve como um dos temas “Cidades sustentáveis”, com o palestrante Francisco Cunha.

“A sustentabilidade das cidades depende de cada um de nós, e não só do Estado ou da iniciativa privada, mas dos nossos hábitos de consumo”, disse Chaves.

“A minha experiência com o tema me diz que a tarefa de ativismo é pautada pela insistência com atuação cidadão com cidade sustentável. Ficamos alheios à cidade. O automóvel tem transformado a cidade em pouco sustentável, com o aumento da população e exigência por recursos urbanísticos, e isso precisamos refletir”, disse.

O painel 5 também debateu “Saneamento ambiental e gestão de resíduos”, com Dalila Menezes, analista de planejamento do IPLANFOR. “Temos a missão de executar e colocar em prática o planejamento sustentável e é um desafio tornar os grandes centros urbanos sustentáveis sem o devido planejamento”, disse.

Além disso, o painel discutiu “Smart City e Mobilidade Urbana Inclusiva”, com Jorge Barros, CEO Smart City Business American Institute. “Temos muito orgulho do nosso instituto, e trabalhamos para o desenvolvimento social e econômico para a região. Composto por brasileiros, atua também em outros países e não temos fins lucrativos, em busca do fortalecimento da economia e dos recursos naturais”, disse.