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“Mais do que planilhas, a educação financeira depende de muita disciplina e determinação para o equilíbrio.”

Uma das regras fundamentais da Economia é que sempre haverá recursos escassos para necessidades ilimitadas, ou seja, que sempre existirá um orçamento limitado frente às demandas de consumo, poupança e investimentos. Essa regra é universal e vale para pessoas físicas, famílias, empresas e governos indistintamente.

Governos que desafiam essa lógica provocam recessão e inflação, como o Brasil no Governo Dilma; ou a falência nos serviços públicos e a incapacidade de atender a sociedade, como o Rio de Janeiro no Governo Sérgio Cabral.

Endividamento crescente, falta de capital de giro e redução das margens de lucro são algumas das consequências mais comuns para as empresas que não fazem a correta gestão do seu fluxo de caixa e orçamento.

Já os indivíduos e as famílias que desafiam a razão econômica mantendo um padrão de vida acima das suas receitas, não procurando flexibilizar o seu orçamento de acordo com a variação dos seus rendimentos ou não buscando cortar drasticamente as despesas em situações de desemprego, verão o seu endividamento crescer como uma bola de neve e terão de vender o seu patrimônio para cobrir o déficit.

Nesse contexto, cabe ao economista exercer um papel preponderante na educação financeira das famílias, empresas e governos, desde o planejamento até a execução e a avaliação do Fluxo de Caixa e do Orçamento. Tarefas para as quais pode ser usado o simples, antigo e eficiente caderno de anotações, uma planilha em Excel ou algum dos inúmeros softwares existentes no mercado, lembrando que o Sebrae disponibiliza, gratuitamente, o Software Marketup para os pequenos negócios.

A educação financeira deve ter início na educação dos filhos em casa, nas escolas, na capacitação de colaboradores das organizações em todas as áreas. Desse modo, consolidar-se-á como um dos principais eixos para o sucesso do empreendedorismo.

O Conselho Regional de Economia vem atuando fortemente na educação financeira, valendo-se de cartilhas, palestras e debates, como uma das vertentes de contribuição para a sociedade.

Mais do que planilhas ou softwares, a educação financeira depende de muita disciplina e determinação para o equilíbrio e a razão econômica, quer seja para investimentos em tempos de bonança, quer seja para cortes em situações de crise.

Lauro Chaves Neto

lchavesneto@uol.com.br
Presidente do Conselho Regional de Economia, consultor, professor da Uece e Doutor em Desenvolvimento Regional


Fonte jornal O Povo