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Exportações de US$ 217,1 milhões contribuíram para o saldo positivo de US$ 50,9 milhões

As exportações dos produtos produzidos pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) somaram US$ 116,8 milhões, quase metade do total comercializado pelo Estado para outros países ( FOTO: NATINHO RODRIGUES )

Em novembro, as exportações cearenses atingiram o maior volume do ano, somando US$ 217,1 milhões, sendo o melhor resultado desde junho de 2014 (US$ 263,0 milhões). No mês, o Estado também registrou um saldo na balança comercial de US$ 50,9 milhões, o maior desde junho de 2014 (US$ 263,0 milhões). A exemplo do que vem acontecendo nos meses anteriores, o principal item da pauta de exportação do Estado em novembro foram os produtos da Companhia Siderúrgica do Ceará (CSP), com US$ 116,8 milhões, que representam quase metade do total das exportações. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

Na comparação com outubro, o valor exportado em novembro registrou crescimento de 15,8%. Já as importações somaram US$ 166,2 milhões, queda de 15,9% em relação a outubro. No acumulado de janeiro a novembro, a balança comercial cearense acumula um déficit de US$ 236,5 milhões. Em igual período do ano passado, o déficit era de US$ 2,192 bilhões. Nos primeiros 11 meses deste ano, o Ceará exportou o total de US$ 1,871 bilhão, uma alta de 64,8% em relação ao mesmo período do ano passado, e importou US$ 2,107 bilhões, queda de 36,6% na mesma comparação.

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Caso o saldo de novembro se repita em dezembro, a balança comercial do Estado pode apresentar o melhor desempenho desde 2009, quando registrou déficit de US$ 150,3 milhões. O última vez que o saldo foi positivo foi em 2005 (US$ 345,1 milhões). “O que nós estamos vendo é uma mudança estrutural da balança comercial do Ceará, que normalmente era negativa”, diz o economista Allison Martins. “E neste ano podemos ficar bem perto de um resultado positivo. Desde o ano 2000, apenas em 2003, 2004, e 2005 a balança estadual registrou superávit.

Pauta de exportação

De janeiro a novembro, o principal item da pauta de exportação do Estado foram os produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, com US$ 924,2 milhões, representando 49,3% do total das exportações. “Grande parte desse resultado da balança comercial cearense acaba sendo o impacto da CSP e de toda sua estrutura. Nos últimos anos o saldo era sempre negativo, e esse empreendimento está mudando o perfil das nossas exportações, o que vem ocorrendo de forma muito rápida, em pouco mais de um ano”, diz Allison Martins. “A tendência é que agora a gente tenha superávits de forma consistente”.

Depois dos produtos siderúrgicos, o segundo principal item exportado foi a castanha de caju (fresca ou seca, sem casca), com US$ 83,0 milhões, o equivalente a 4,44% do total, seguido por calçados de borracha ou plásticos, com parte superior em tiras (US$ 74,7 milhões); outros calçados cobrindo o tornozelo de borracha, plástico (US$ 73,2); e outros couros e peles inteiro, de bovinos (US$ 52,6 milhões).

No acumulado do ano, o principal destino das exportações do Estado foram os Estados Unidos (US$ 396,2 milhões), 21,1% do total; México, com US$ 270,0 milhões), 14,4% do total; Turquia (US$ 187,9 milhões) 10,0% de participação; Argentina (US$ 116,3 milhões), 6,2%; e Itália (US$ 85,4 milhões), com 4,5% de participação.

Importações

Do lado das importações, o principal item da pauta cearense neste ano foi a hulha betuminosa, não aglomerada, com US$ 467,7 milhões, o equivalente a 22,1% do total das importações. Em seguida aparecem o gás natural liquefeito (GNL), com US$ 262,7 milhões (12,4%); outros trigos e misturas de trigo com centeio, com US$ 170,0 milhões (8,0%); outras hulhas, mesmo em pó, mas não aglomeradas, US$ 57,6 milhões (2,7%); e glifosato e seu sal de monoisopropilamina, com US$ 35,3 (1,6%).

Países

Entre os principais países emissores de mercadorias para o Ceará neste ano se destacam: a China, com US$ 361,7 em produtos importados pelo Estado, equivalente a 17,16%; os Estados Unidos, com US$ 299,2 milhões (14,2%); a Colômbia, com US$ 243,0 milhões (11,5%); a Argentina, com US$ 188,7 milhões (8,9%); e a Austrália, com US$ 152,2 milhões (7,2% do total).


FONTE: Diário do Nordeste