PESQUISA ÍNDICE DE EXPECTATIVAS DOS ESPECIALISTAS EM ECONOMIA
O Conselho Regional de Economia (Corecon-Ce) e a Fecomércio-Ce, em parceria, divulgam a sexagésima quinta edição da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE). A pesquisa, de periodicidade bimestral, colheu no período janeiro-fevereiro as expectativas de 102 especialistas em economia. A amostra reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.
A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo. O número de variáveis analisadas com otimismo foi menor do que o da pesquisa anterior, quatro: evolução do PIB (145,2 pontos), nível de emprego (117,1 pontos), salários reais (104,8 pontos) e cenário internacional (101,4 pontos).
O número de variáveis percebidas com pessimismo foi maior do que o da pesquisa anterior, cinco: oferta de crédito (95,2 pontos), taxa de câmbio (80,8 pontos), taxa de inflação (67,8 pontos), gastos públicos (67,8 pontos) e taxa de juros (48,6 pontos).
Conforme a metodologia, cada uma das variáveis analisadas gera três índices: de percepção presente, futura e de expectativa geral. Considerando a soma das variáveis, o índice de percepção geral passou de 108,2 pontos para 92,1 pontos, uma redução de 14,9% no otimismo em relação à pesquisa anterior. Sobre o comportamento futuro das variáveis, a pesquisa revela uma redução de 17,7% no otimismo, com a pontuação declinando de 115,6 pontos para 95,1 pontos. Ademais, vale salientar que a percepção sobre o desempenho presente apresentou aumento de 10,9% no pessimismo, atingindo 89,0 pontos.
Cabe destacar que as expectativas movem os agentes econômicos impactando, positivamente ou negativamente, o comportamento das diversas variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança, taxa de juros, dentre outras. Ao mesmo tempo, a performance, positiva ou negativa das variáveis, índices e indicadores econômicos interfere na percepção dos diversos agentes econômicos. Assim, as expectativas são a um só tempo causa e consequência do comportamento econômico.
A pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE) revela, na sua sexagésima quinta edição, que o número de variáveis analisadas com otimismo foi menor que o da pesquisa anterior, quatro. Os índices de percepção geral (92,1 pontos), de percepção futura (95,1 pontos) e de percepção presente (89,0 pontos) encontram-se na zona do pessimismo.