PESQUISA ÍNDICE DE EXPECTATIVAS DOS ESPECIALISTAS EM ECONOMIA
O Conselho Regional de Economia (Corecon-Ce) e a Fecomércio-Ce, em parceria, divulgam a sexagésima oitava edição da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE). A pesquisa, de periodicidade bimestral, colheu no período julho-agosto as expectativas de 93 especialistas em economia. A amostra reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.
A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo. O número de variáveis analisadas com otimismo foi menor que o da pesquisa anterior, duas: evolução do PIB (113,3 pontos) e oferta de crédito (101,3 pontos).
O número de variáveis percebidas com pessimismo foi maior que o da pesquisa anterior, sete: nível de emprego (96,0 pontos), taxa de câmbio (78,0 pontos), salários reais (77,3 pontos), cenário internacional (74,0 pontos), taxa de inflação (69,3 pontos), taxa de juros (59,3 pontos) e gastos públicos (43,3 pontos).
Conforme a metodologia, cada uma das variáveis analisadas gera três índices: de percepção presente, futura e de expectativa geral. Considerando a soma das variáveis, o índice de percepção geral passou de 85,6 pontos para 79,1 pontos, uma elevação de 7,5% no pessimismo em relação à pesquisa anterior. Sobre o comportamento futuro das variáveis, a pesquisa revela um aumento de 11,0% no pessimismo, com a pontuação passando de 94,6 pontos para 84,1 pontos. Ademais, vale salientar que a percepção sobre o desempenho presente apresentou elevação de 6,6% no pessimismo, atingindo 74,1 pontos.
Cabe destacar que as expectativas movem os agentes econômicos impactando, positivamente ou negativamente, o comportamento das diversas variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança, taxa de juros, dentre outras. Ao mesmo tempo, a performance, positiva ou negativa das variáveis, índices e indicadores econômicos interfere na percepção dos diversos agentes econômicos. Assim, as expectativas são a um só tempo causa e consequência do comportamento econômico.
A pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE) revela, na sua sexagésima oitava edição, que o número de variáveis analisadas com otimismo foi menor que o da pesquisa anterior, duas. Os índices de percepção geral (79,1 pontos), de percepção futura (84,1 pontos) e de percepção presente (74,1 pontos) permanecem na zona do pessimismo.








